terça-feira, 29 de novembro de 2011

Enfim 40...

Eis que chegou o dia... a exatos 40 anos atrás, ás 10h40 do dia 29/11/1971, em uma segunda-feira, no Hospital e Maternidade São Paulo, nascí...
Parece que foi ontem a minha infância, apesar de não me recordar muito dos meus primeiros anos, mas lembro que o tempo passava bem lento e nunca chegava aos sonhados 18 anos, mas quando enfim chegou, passa a ser assustadoramente rápido e aqui estou, fazendo 40.
Parece que foi ontem, quando tinha 13 anos e estava me formando no primeiro grau, depois fui cursar química e eletrônica, até me definir pela informática, com a qual já dava meus primeiros passos desde os  11 anos  - isso em uma época que cursávamos o segundo grau técnico, ou como alguns preferem, profissionalizante.
Parece que foi ontem, quando completei os 18, conquistei a sonhada carteira de motorista, acabaram-se as restrições por até então ser um menor, fui me preocupar com alistamento militar, qual curso da faculdade tentar, arrumar um emprego, comprar o primeiro carro, trabalhar de dia e estudar de noite, enfim, brotavam sonhos e com isso o tempo não passou, vôou.
Parece que foi ontem que consegui meu primeiro emprego, fui ser um office-boy, assistente administrativo, mas não durou muito e logo fui fazer um estágio para garantir minha formação técnica. Aí tive a opção de ser um digitador terceirizado na IBM ou um programador trainee em outra empresa, escolhi a programação, talvez uma das decisões que vou passar o resto da vida perguntando  “E Se”?  Fiquei naquele emprego por 17 anos...
Depois veio a primeira faculdade, as aventuras com os colegas, os relacionamentos, problemas do dia a dia, a perda de minha mãe..., o trabalho em vários clientes e cidades, aumento das responsabilidades, a rotina de viver, um dia após o outro.
Parece que foi ontem que conheci minha esposa (02/1995), que começamos a namorar, que nos casamos (12/2001), que minha primeira filha nasceu (04/2004)... mas ontem mesmo foi o nascimento da minha segunda filha (02/2011), mas não... espere um pouco,  já se passaram mais de 9 meses, tempo suficiente para que uma nova vida tivesse tempo de ser fecundada, se desenvolvesse e já tivesse nascido... é, não foi ontem.
Neste dia em que completo meus 40 anos, a famosa fase do ENTA, vejo tudo isso como um filme rápido em minha mente, ora drama, ora comédia, ora ensaio, ora fantasia, ora realidade, ora alegria, ora dor...
Muitos dizem que a vida só começa aos 40, e começo novamente a pensar o por quê? Acho que é agora que tenho tempo e condições de fazer coisas que desejei e até então não havia feito. Ví alguns amigos comprarem motos para passear no final de semana, uma casa de praia ou campo, realizarem a viagem dos sonhos, comprarem o brinquedo que sempre desejaram na infância e nunca tiveram, e isso tudo talvez explique o  início desta  “nova vida”, conforme o dito popular.
Acho que é tudo isso e algo mais, o aprendizado do tempo... de conquistar a paciência, o discernimento, de esperar a hora certa, de se preocupar com a saúde e alimentação...
Quase 40 não, 40 e agora? Agora a vida continua para mim, não começa porque não quero esquecer o que já vivi, quero viver pelo menos outros 40... , mas não para ser apenas mais um, mas ser único...
Momentos da comemoração - Khan el Khalili - Casa Egípcia
"Os primeiros quarenta anos de vida dão-nos o texto; os trinta seguintes o comentário." - Artur Schopenhauer

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Um presente sem preço

Minha filha mais velha já é bem esperta, descobriu que o papai noel sou eu, que coelhinho não bota ovo, entre outras coisas. Mas o que mais me surpreendeu foi ao conversar com ela sobre o dia das crianças, o que faríamos e qual presente ela queria, obtive a seguinte resposta: - Papai, eu quero um dia inteiro com você de presente, e você vai decidir o que vamos fazer, será surpresa.
Passado o choque de um pedido inesperado desses, e ao mesmo tempo consternado e reflexivo sobre a importância, atenção e carinho que tenho dispensado as minhas filhas, me coloquei a planejar o dia das crianças.
Depois de um roteiro mais ou menos traçado, chegou o grande dia. Saímos de casa cedo, fomos tomar café da manhã em uma padaria,  com aquele buffet enorme, cheio de opções. Alimentados, fomos ao parque, decidi não ir ao Parque do Ibirapuera imaginando que lá estaria um caos, fui ao Parque Vila Lobos. Acho que todos pensaram como eu, enfim foram 30 minutos na fila do acesso, decidi pagar um estacionamento e ganhar tempo pois previa mais uns 30 minutos atrás de uma vaga.
Aí fomos alugar uma bicicleta daqules “família”, em que tem um banco para duas pessoas pedalando e na frente outro banco para duas crianças, mais 45 minutos de  fila e finalmente estávamos passeando pelo parque. Após terminar uma volta completa pela ciclovia (3,5 Km) em baixo de um sol quente – a sorte é que a bicicleta tinha teto – pausa para um sorvete a sombra de uma arvore, tomar uma agua de coco e fomos para segunda volta. Quase no final ela me pede mais uma volta, e como bom pai, completei meus 10,5 km de pedaladas... Ainda fomos à estação ecológica do parque e depois fomos almoçar.
Mas o que isso tudo tem a ver com o “Quase 40”, motivo deste blog?
Tem a ver com a importância do que fazemos aos nossos filhos. Temos que ter inteligência para dividir o nosso tempo para o EU, mas principalmente, atender as necessidades destes pequenos humanos que colocamos no mundo. Dar-lhes a atenção, carinho, tempo, lazer e o que for necessário para que não sintam falta de algo e acabem buscando, mais cedo ou mais tarde, com pessoas ou lugares que nenhum pai gostaria de saber que seu filho estaria.
Encontrar tempo para nós mesmos não é fácil, ainda mais tempo para os filhos, mas existe uma coisa que não tem preço, receber um abraço, vários beijos no final do dia e escutar: - Pai, hoje foi o melhor dia da minha vida, você foi meu um dia todo, obrigado por me fazer feliz!
O que você tem feito com o seu tempo? Estou reaprendendo a utilizar o meu.

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." Fernando Sabino

domingo, 11 de setembro de 2011

O Sol...

Hoje, vendo um dos espetáculos que a vida nos proporciona, e de graça, me surgiu a idéia de escrever este pequeno texto, afinal, hoje início mais um capítulo da história da minha vida...
Há quanto tempo você não para e vislumbra um pôr-do-sol por alguns instantes? Ele ocorre todo dia, inspira poetas, pintores, namorados e sonhadores. Mas temos algumas lições interessantes a tirar daí:
1.       Todo dia é uma nova história a ser escrita, o sol nasce todo dia, mesmo sabendo que ao final dele terá que se esconder novamente;
2.       Se ninguém se lembrar de você, para alguns, a sua posição determina o que eles têm a fazer – no caso do sol para alguns ele indica as horas;
3.       Enquanto estiver vivo, brilhe o quanto puder, e deixe seu brilho iluminar e aquecer os demais;
4.       Quando estiver em baixo, quase sumindo, não se desespere, amanhã poderá estar no mais alto de novo;
5.       Se estiver escondido, mas alguém está refletindo sua luz, é porque você fez o seu papel, ensinou e deixou que alguém leve um pouco de seu brilho.
E creio que você deva ter algumas outras a tirar deste lindo fato da natureza.
Mas porque menciono estas lições? É porque chegou a minha hora de ser o pôr-do-sol. Depois de um dia marcado na historia mundial, 11 de setembro, deixo esta data na minha vida como um nascer de um novo dia. Estou em Fortaleza, iniciando um novo capítulo da história da minha vida, amanhã começo um treinamento, e depois volto a São Paulo e fico por lá, perto da família.
Mas na última sexta-feira, dia 9, me despedí de amigos - sim, podemos ter amigos no trabalho. Senti o carinho deles quando passei me despedindo, dando um até logo e recebendo abraços, vendo emoções. Senti que enquanto ali estive, pude ajudar, com meu trabalho resolvendo problemas na empresa, com alguma experiência evitando uma decepção inevitável que aconteceria a alguém, ou com um ombro para que alguém pudesse chorar, um ouvido para simplesmente escutar e depois sem falar nada, dar um abraço reconfortante, assim como em alguns momentos era eu que precisava deles. Tudo isso me fez sentir que fui útil, não só a empresa, mas a pessoas, assim como elas foram para mim. Recebi vários presentes, emails, abraços e até uma reconfortante frase de reconhecimento: “Se precisar, pode voltar, as portar estão abertas a você e sempre se arruma uma vaga para os competentes!”. São esses pequenos gestos que me dão forças para acordar amanhã, ser de novo sol e enquanto não estiver no alto, brilhando, deixo a vocês a lua a refletir minha luz, uma lua chamada saudades.
"Não fique triste quando ninguém notar o que fez de bom.Afinal...O sol faz um enorme espetáculo ao nascer,e mesmo assim, a maioria de nós continua dormindo!"
Charles Chaplin
Ah, abaixo as imagens que me inspiraram este texto... imagens daqui de Fortaleza, dia 11/9/2011...



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Decisões, plantando as sementes

Pequena palavra que nos traz grandes dificuldades. Como é difícil tomar uma decisão! E quantas vezes protelamos, tentamos achar alternativas, qualquer coisa para não ter que tomar uma decisão. Não posso dizer que me orgulho de todas as decisões que já tomei, mas posso dizer que não me arrependo. As erradas serviram para meu aprendizado, que em algumas vezes foi dolorido, mas necessário para o crescimento.
Novamente tiver que tomar uma grande decisão, tive que decidir entre continuar na empresa que trabalho ou sair, decidi sair. Em outubro próximo completariam-se 5 anos que viajo toda semana entre São Paulo e Brasília, onde trabalho em um cliente da empresa (que fica em SP). Estava com 20 dias trabalhando nessa empresa e me pediram para “quebrar um galho”, que iria ser de no máximo 3 meses. O galho cresceu, virou árvore, virou bosque, e hoje já está quase uma floresta.
Foram muitas aventuras em vôos, ví gente surtando e tentando abrir a saída de emergência em pleno vôo, ví o carrinho do serviço de bordo sair rolando pelo corredor, enfrentei turbulências com a queda das mascaras, ví  artistas, políticos, quase celebridades de reality shows, já peguei vôo para uma cidade e parei em outra, encontrei amigos de quando cursei a primeira faculdade lá em 1993, ví  outros que faziam o mesmo percurso que eu toda semana... enfim muitas experiências aéreas.
Passado todo esse tempo, ví que se não tomasse uma decisão mais drástica, após algumas tentativas frustradas de retornar a SP, iria ficar assim por mais 5 anos. Decidi que ver um filho crescer e ser reconhecido por ele é mais importante que tudo. Acompanhar o seu dia a dia, receber um abraço de bom dia todos os dias, saber que ele está mais feliz e seguro por saber que durmo no quarto ao lado, compensa tudo. Existem valores que por melhor intenção que se tenha, o tempo e dinheiro jamais compensarão. O tempo passado é cruel, não retornará jamais a existir, junto com as oportunidades perdidas.
Enfim, decidi voltar, pedir demissão, abrindo mão de meus direitos trabalhistas e retornar, recomeçar.
Afinal a vida que temos é fruto de nossas decisões e creio que a melhor analogia (sempre tenho que achar uma) é a de uma plantação. Cada decisão tomada é uma sementinha que plantamos sobre o que somos (ou seremos), e um dia, nossa realização será recolher desta plantação bons frutos... ou talvez deixar sementes para serem colhidas por outra geração. Sempre será tempo de lançar as sementes, concomitantemente com o tempo da colheita. As sementes de ontem são os frutos de hoje, as de hoje serão os frutos de amanhã. Cuidados com outros semeadores que tentam jogar sementes de ervas daninhas em sua plantação. Não desanime, ainda que sua colheita não esteja cheia de bons frutos, eles virão, pois “debaixo do céu há um tempo para cada coisa”. Não coloque um ponto final nas suas esperanças, ainda há muito para semear. Ao invés de ficar parado, pensando no que poderia ter feito ou fez de errado, vá em frente, semeie para colher, TOME DECISÕES, eu estou tomando as minhas.
“Toda decisão acertada é proveniente de experiência. E toda experiência é proveniente de uma decisão não acertada.” - Albert Einstein

domingo, 31 de julho de 2011

Um tempo meu...

Faz tempo que não escrevo por aqui. Foram muitos acontecimentos neste tempo de ausência. Estava correndo atrás de entregar os trabalhos, quase um TCC, na faculdade, eram 8, além de mais de 320 horas de atividades complementares, e como bom brasileiro, deixei tudo para a ultima hora. Felizmente acabou, tudo entregue e aprovado. Nunca é tarde para se fazer aquilo que deixamos para trás um dia... E eu tinha esta pendência de concluir o curso superior...
Bom, passado esta correria, acabei ficando quase 50 dias só, a família foi viajar no mês passado (junho/2011) e só volta mês que vem (agosto). Neste período aproveitei para resolver alguns problemas, acertar algumas coisas e finalmente tirar um tempo só meu.
Hoje (30/07) depois de um excelente café da manhã no hotel que moro (de segunda a sexta) aqui em Brasília há quase 5 anos, fui dar umas voltas, dia da caminhada do “Medida Certa” por aqui, depois fui a um shopping, Píer 21, fica a beira do lago Paranoá, assistir a um filme de um herói da minha infância, Capitão América, já que lá tem uma sala XD 3D (Xtreme Digital). Comprei meu ingresso e como havia tempo fui almoçar, encontrei o The Fifities, uma hamburgeria com decoração inspirada nos anos 50 e que fui algumas vezes em Sampa, mas há muito tempo. Depois do filme, muito bom por sinal, vi o pôr-do-sol no lago, um programa típico por aqui e voltei ao hotel.
Encontrei na recepção, quando cheguei, a Renata Ceribelli fazendo o seu check-out, mas ainda a tempo de duas palavras e uma foto, afinal, o programa começou algumas semanas depois de ter iniciado a minha briga pessoal com a balança, que continua, estabilizado nos 12 quilos que perdi, e em breve indo pra segunda parte e perder mais 8 quilos.
Mas por que escrevi tudo isso? Queria mostrar a você, que muitas vezes, na correria da nossa vida, esquecemos de uma pessoa importantíssima, nós mesmos. Sempre arrumamos um compromisso, eventos, festas, e seja lá o que for, mas não temos um tempo nosso, só nosso. Sair só com o compromisso de fazer aquilo que gostamos sem se preocupar se agrada a outra pessoa, sem nem ter que perguntar nada a ninguém.
Tire um tempo pra você, vá fazer algo que a muito tempo deixou de fazer, se sinta bem, e verá o quanto isso vai te ajudar...
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." - Fernando Pessoa

terça-feira, 14 de junho de 2011

Decepção é igual a crescimento

A vida nos mostra que confiança é algo que se conquista dificilmente, se perde facilmente, e para se reconquistar é quase impossível.
Às vezes temos uma pessoa ao lado que pensamos ter total confiança, mas em determinada situação nos desapontamos com uma atitude, uma palavra dita na hora errada ou pela omissão quando se esperava algo. Isso acontece porque talvez esperemos que algumas pessoas existam para satisfazer nossas expectativas, isso é errado, assim como também não vivemos para satisfazer ninguém. Vivemos juntos por que queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. Temos que viver juntos para nos completar, não por que somos duas metades separadas, mas por sermos um, com a personalidade, caráter, gostos e manias individuais, mas em busca de algo comum, a alegria de viver, confiar e amar.
O tempo nos mostra que somente quando nos valorizamos, quando descobrimos que sendo felizes sem depender de outra pessoa é que conseguimos ser felizes juntos, pois essa real felicidade só dependerá de nós. Aprendemos a gostar de nós, a cuidar de nós, e ai gostamos de quem gosta de nós de uma forma livre.
Já perdi a conta de quantas vezes me decepcionei com amigos, namoradas, e até alguns parentes. Não se desanime e fique triste com as decepções, com a quebra de confiança em alguém. A única coisa que pode remediar isso é o tempo, que nos traz as respostas, não do porque, mas do para que.
E um dia muito provavelmente ao se lembrar de um fato desses, você dará risadas e entenderá o para que aquilo tudo aconteceu. Verá como serviu para você crescer e se tornar melhor do que era, muito melhor do que os que te decepcionaram  e assim, ser a cada dia melhor do que já foi. Ser mais feliz do que pensou ou foi.

“O mais importante para o homem é crer em si mesmo. Sem esta confiança em seus recursos, em sua inteligência, em sua energia, ninguém alcança o triunfo a que aspira.” - Thomas Atkinson

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Estratégia Infalível

Toda vez que eu parava e me preparava psicologicamente para sair da rotina, mudar hábitos e ter uma vida mais saudável, não se passavam duas semanas e as metas já tinham ido pro espaço. Ai não tem jeito, o desânimo aumenta e toma conta de tudo. Isso é uma reação normal do nosso corpo quando procuramos fazer mudanças, ainda mais se forem radicais, afinal de contas, a situação antiga já é conhecida e estamos acostumados a ela. Mudar significa traçar uma nova rota neural e nossa tendência psicológica e fisica é manter-se a uma situação conhecida, a famosa zona de conforto.
Dizer que NUNCA mais vou fazer isso ou aquilo vai provocar naturalmente uma reação contrária, nos fazendo ter uma vontade absurda de justamente fazer .  Imagine que sua meta seja NUNCA mais comer chocolate, vai bater uma vontade louca em você de comer chocolate e não será apenas um pedacinho, serão vários. Uma porque seu corpo está acostumado aquela sensação, outra para “guardar um estoque”. Agora pense que sua meta seja apenas HOJE não vou comer chocolate. Seu corpo não vai reagir e fazer com que você corra atrás de um chocolate porque sabe que amanhã poderá tê-lo. Então o que tenho que fazer amanhã é repetir a mesma estratégia, estabelecendo assim uma nova rota no cérebro, que com o passar dos dias se tornará conhecida. O segredo então passar a ser UM DIA de cada vez, porque, quando você pensa nas palavras “NUNCA” ou “PARA SEMPRE” a tendência é que a mente reaja e produza todo tipo de resistência. “PARA SEMPRE” é tempo demais, “NUNCA” é impossível, mas HOJE? Hoje você consegue.
Se tentar fazer exercícios todos os dias “para sempre” dificilmente vamos conseguir, mas HOJE é possível. E se você consegue hoje, tente amanhã, é só um dia mais... E assim agindo, fazemos e vamos vencendo.
 
Experimente, decida o que você quer fazer HOJE, e faça. E amanhã  lembre-se: Se fiz ontem, porque não posso fazer hoje?
"Faça um dia de cada vez, para fazer sempre." - Eu mesmo

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ansiedade

Acho que isso acontece com todos. É quando faltam alguns dias ou apenas algumas horas e ficamos a contar os minutos esperando acontecer. Ficamos ansiosos por uma entrevista de emprego, uma sonhada viagem, uma prova na faculdade, as vésperas de um casamento, do nascimento de um filho, enfim, por inúmeros motivos.
Já sofri muito com isso, e tive que procurar um médico para aprender a me controlar, pois no meu caso aliviava a ansiedade nas guloseimas e fui parar nos 122 kg. Recentemente, ao ter que ir à Embaixada Americana aqui em Brasília, logo após a morte do Bin Laden, revivi este sentimento. Talvez por antes de estar lá, ficar pensando na possibilidade de ter o visto negado e não poder viajar com os amigos, e o pior, ser rejeitado sem nem saber o porquê. Só ficava pensando: “Tinham que matar o cara dois dias antes da minha entrevista?”.
Muitos de nós sofremos com estes anseios, às vezes nem percebemos, mas o nosso corpo e mente sofrem com as conseqüências, mais cedo ou mais tarde. Fazemos os nossos planos, mas quase nunca colocamos neles todas as possibilidades, sempre pensamos que vai dar tudo certo – isso não é errado – mas temos que estar preparados e conscientes para os NÃOS. Sofrer com as derrotas é para os fracos, aprender com elas é para os inteligentes que usam as experiências e erros para se tornarem cada vez melhor do que um dia foram.
Paciência - creio que seria um antônimo válido para ansiedade - é uma virtude e pode ser conquistada com o tempo. Não tempo demais para ser perder o desejo, e nem tão ansiosos a ponto de contar minutos.
Esteja preparado para as diversas situações que possa viver, não faça como o peru que morre na véspera, como se diz na sabedoria popular.
Ah, e quanto ao meu visto, a entrevista se resumiu em uma pergunta do Cônsul: “Qual o motivo de sua viagem?”, e eu respondi: “Meu presente de aniversário de 40 anos”. Enquanto ele assinava alguns papéis me disse: “Acabo de fazer 40 anos também, você vai gostar do meu país”, se despedindo. Fui embora, com o visto liberado.
Aprenda com o ontem, viva o hoje, planeje o amanhã para ser feliz sempre.
“Não viva tentando apressar o amanhã, você vai perder o hoje.” – Eu mesmo

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pequenas vitórias, grandes conquistas!

Todos nós temos alguns medos, receios, assuntos dos quais fugimos. Desde que perdi minha mãe, vítima de câncer, sempre evitei este assunto. Quer sejam em reportagens, livros, filmes ou conversas, me fazia sentir mal. Mesmo tendo um lindo exemplo de força e coragem de minha mãe, que após dois anos de tratamento equivocado como glândulas sebáceas, trocou de médico e infelizmente descobriu, já tarde, que era um câncer infiltrante. Voltou ao médico que fizera o diagnostico errado, mostrou os exames e disse: “Eu poderia processá-lo, mas talvez nem viva até o fim do processo. Quero apenas que carregue em sua memória que por um erro seu uma pessoa morrerá, e que isso sirva para você ser mais esforçado nos próximos diagnósticos e salvar vidas”. Vi o médico chorando e ela saiu da sala. Só pedia a Deus para não sofrer, e assim aconteceu. Em um domingo de sol toda a família esteve em casa fazendo uma visita, até aqueles parentes que só vemos em casamentos e funerais. Na segunda-feira ela amanheceu confusa e a levei ao hospital, faleceu naquela madrugada, amarrada a cama devido as dores. Decidi que era hora de enfrentar isso e a forma escolhida foi ler a biografia de nosso ex-vice presidente, José Alencar da Silva.  Um homem que desde os 14 anos saiu de casa, em busca dos seus sonhos, aos 18 abria seu primeiro negócio e alguns poucos anos depois abriu a Coteminas, uma das maiores empresas de tecelagem do mundo. Mas - tinha que haver um MAS - sofreu muito com esta doença, enfrentou 19 cirurgias, algumas até experimentais e de altíssimo risco, mas se existisse 1% de chance de dar certo ele tentaria, não poderia desistir, tinha que lutar enquanto houvesse esperança. Certa vez declarou: "Eu não quero que Deus me dê nem um dia a mais de que eu não possa me orgulhar." E acrescento, "E que eu não possa fazer Deus sentir orgulho por ter me dado".
Parece que quando decidi enfrentar este trauma, a vida resolveu me testar. Meu pai me avisou que meu tio descobriu um câncer, no sábado vendo Extreme Makeover: Home Edition - programa que reconstrói residências destruindo as anteriores – uma família que adotava crianças com deficiências, quer físicas ou mentais, e que precisava de uma casa nova, tinha o pai doente e fora internado durante a semana da gravação. Três dias após a entrega da casa, faleceu. A revista Veja São Paulo desta semana trouxe uma reportagem especial sobre esta doença e como a evolução tecnológica está ajudando no diagnostico antecipado, aumentando as chances de cura - http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2215/de-volta-vida.
Foi difícil, mas hoje posso ver que em vez de fugir, é preciso enfrentar, e descobrir uma maneira de ajudar aos que passam por isso, e assim, me sentir melhor.
Muitas vezes temos problemas em nossas vidas bem menores e menos graves que estes, e simplesmente fugimos, deixamos debaixo do tapete, torcendo para que ninguém descubra, esperando que o tempo passe e eles por mágica desapareçam de lá. Outras vezes pegamos estes pequenos problemas e os alimentamos com raiva, ódio, desejo de vingança ou outros sentimentos ruins e quando conseguirmos perceber se tornaram um grande tumor, que foram nos corroendo, trazendo amargura e tristeza a nossa vida.
Não deixe de enfrentar os problemas, principalmente os pequenos. São as pequenas vitórias do dia-a-dia que nos dão força e experiência para as grandes batalhas que possamos encontrar pela frente. Reaja, vá à luta e conquiste suas vitórias, eu espero estar conquistando as minhas.
“Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz!”- Mario Quintana
“Não tropeçamos nas grandes montanhas, mas nas pequenas pedras” - Augusto Cury

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Valores

Nestes momentos em que paro para pensar nos trágicos acontecimentos que vemos todos os dias nos telejornais, percebi que muito se fala dos fatos, mas existem inúmeras lições encobertas nas reportagens e que me fizeram pensar sobre quais são os valores que estamos preservando e ensinando, e aqui ensinar entenda pela melhor forma de ensinamento, o exemplo.
Na tragédia do Japão, vi que o governo escondeu enquanto pode a real situação do vazamento nuclear – mau exemplo em um país que preza pela honra, tradição - mentir.
Penso nas pequenas crianças que muitas vezes são instruídas pelos pais a falarem pequenas mentiras: “Diz que não estou”, “Diz que estou ocupado” e assim por diante. Estas crianças crescem acreditando que estas pequenas mentiras são coisas comuns e passam a praticá-las, fazendo assim nascer uma geração desacreditada em reais valores que edificam: verdade, honra, respeito, confiança e outros tantos.
Mas por outro lado vi no Japão, durante a distribuição de água potável, algumas pessoas que poderiam retirar até seis garrafas pegavam apenas três ou quatro e diziam ser suficiente, pediam para dar as outras garrafas a alguma família mais necessitada – bom exemplo, demonstra a consciência de utilização dos recursos, da dimensão das necessidades e principalmente, a noção de que todos daquele país precisam de ajuda, momento de ser econômico e solidário.
Vi a tragédia em Realengo, no Rio de Janeiro -  a explosão de alguém perturbado emocionalmente, que sofreu humilhações, foi minorizado e guardou seus rancores, se tornou prisioneiro de si mesmo, até que em um momento de explosão e fúria fez a inédita e maior tragédia em uma escola em nosso país – mau exemplo: da sociedade ao sentir prazer no bulling e da pessoa em descontar nos outros o que passou, praticar a vingança.
Aqui cabe um questionamento sobre valores. Nas  principais revistas nacionais da semana do fato a capa estampava a foto do assassino, não do herói que entrou na escola e conseguiu parar o indivíduo que estava a caminho de cometer mais atrocidades. Em uma dessas revistas nem se faz menção a este policial. Pergunto: o que deveria ter recebido mais atenção, o herói ou o bandido?

Eu tenho minhas falhas, algumas que vejo e tento corrigir e outras que não enxergo, mas espero que consiga um dia enxergá-las e assim iniciar um processo de correção, pois o importante é amanhã ser melhor do que fui hoje.
E você, ao que tem dado valor? Aos bens materiais? Ao status na sociedade a qualquer custo? A um cargo elevado? Ou tem sem preocupado em ser uma pessoa melhor?

"O importante é hoje ser melhor do que fui ontem". - Eu mesmo

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Aprendizado...

Sempre ouvi dizer que nossa vida é um eterno aprendizado, mas hoje parei para pensar um pouco a respeito disso.
Fiquei pensando  e contando quantos anos passamos na escola para pensar que de lá saimos pronto para a vida, mas ai vem a vida e nos mostra que não era bem assim.
Aprendi que não existe borracha para apagar os erros, mas que existe o tempo, é ele que apaga da nossa memória momentos indesejados e também nos reserva a esperança do amanhã, mostrando que nunca será tarde demais para recomeçar.
Aprendi que na matemática do tempo não existe resto, pois o que se passou não volta, não se acumula o tempo não gasto.
Aprendi que tenho que planejar o que fazer nos 86.400 segundos que ganho a cada dia e aproveitar cada um da melhor maneira possível, pois quando terminar de ler este texto você terá usado alguns deles, e jamais poderá usá-los novamente. Precisamos valorizar cada um.
Aprendi que só se sabe quem são os verdadeiros amigos quando estamos em uma fase difícil e eles vêm até nós e sem dizer uma palavra,  já sabem o que se passa e nos ajudam, e não importa quanto tempo ficamos distantes.
Aprendi que o que meus pais tentavam me ensinar era porque se preocupavam comigo, queriam meu bem e se tivesse escutado, teria poupado muito tempo e evitado aborrecimentos.
Aprendi que repreender meus reais sentimentos só me torna um prisioneiro de mim mesmo.
Aprendi que uma palavra dita não volta, e que a ferida que ela causa pode nunca ser curada – e que uma palavra não dita pode-se nunca mais ter a oportunidade de ser pronunciada.
Aprendi que não devo fazer para os outros, o que não gostaria que fizessem comigo.
Aprendi que não existem relacionamentos descartáveis, que descartável é o tempo que perdemos neles, um dos lados sempre acaba saindo machucado.
Aprendi que quem perdoa não esquece, quem esqueceu foi porque não se magoou.
Aprendi que a maior das caminhadas já feitas começou com um simples e único primeiro passo.
Aprendi que quando pensei ter aprendido, vi que realmente nada aprendi... que sempre existe algo mais...
Aprendi que aprender é viver o que se aprende, senão é só teoria...  ilusão.
Aprendi que amar... não, esse eu não aprendi, esse eu pretendo morrer aprendendo.

E você, o que tem aprendido?

“Aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.” -  William Shakespeare

terça-feira, 29 de março de 2011

Reconstrução...

Creio que todos viram na semana passada uma foto na internet mostrando a reconstrução de um trecho de 150 metros de uma estrada no Japão que fora quase que totalmente destruída pelo grande terremoto ocorrido por lá.
É incrível ver que nem parece que ali haviam desmoronamentos, haviam rachaduras, o alicerce cedido, entre outros problemas, e que hoje está sendo utilizada normalmente.
 
É uma pena ver que no Brasil as coisas não são bem assim, tem que se fazer um estudo do que vai ser pedido, depois uma licitação, até que, alguns meses depois, se consiga iniciar a obra, que em sua grande maioria é feita com total descaso, sem prioridade, e procurando problemas para adiar e conseguir mais dinheiro.
Infelizmente, as vezes, fazemos o mesmo nas  nossas vidas. Sofremos grandes abalos, quando menos esperamos, um tsunami de problemas seguido muitas vezes de coisas que podemos nem ver, lá foi a radiação, aqui talvez sejam são as influências, os hábitos, ou outro motivo que não percebemos.
Tentamos fazer os consertos em nossas vidas tal qual o Brasil, demoramos a reagir, inventamos desculpas e postergamos as mudanças necessárias. E quando fazemos, sempre tentamos dar um jeito de fazer sem planejamento, procurando desculpas para não fazer.
Muitas vezes, estes consertos exigem coisas difíceis de se praticar: perdão, compreensão, coragem, humildade, entre outros.
Compreender que alguém agiu de uma maneira que te prejudicou, simplesmente porque estava na frente do tsunami da vida dela não é fácil.  Perdoar esta pessoa também não significa necessariamente voltar a ser como era antes, o mais provável é que não tenha sido nada pessoal em relação a você, então o melhor é perdoar, esquecer e seguir em frente.
Precisamos ter a coragem de rever nossos conceitos, ser humildes para reconhecer nossos erros, inteligentes para escutar gente inteligente e fazer o que tem que ser feito. A atitude de assumir nossos erros destrói os inimigos e aliada a humildade acaba com brigas inúteis.
Nossa vida é uma estrada, cheio de caminhos sinuosos, de altos e baixos, e que precisa de reparos em seu percurso. Alguns reparos são pequenos, outros são grandes e exigem muito esforço e vão deixar suas marcas.
Mas o que você vai fazer da estrada da sua vida?  Arrumar e permitir que outros passem por ela, nos ajudando e ensinando, ou deixá-la esburacada, desmoronada, impedindo outros passarem e ficarmos parados, vendo passarem em outra estrada?

“Não posso destruir o passado, mas posso decidir o que construir no presente para não ter que reconstruir no futuro”. – Eu

terça-feira, 22 de março de 2011

Yes, YOU can...

Aproveitando a evidência da mídia sobre o presidente Barack Obama nesta ultima semana, devido sua visita no Brasil, gostaria de usar a célere frase de sua campanha política ao governo dos Estados Unidos para uma pequena reflexão.
Ele foi candidato a presidente dos Estados Unidos quando o país se viu em um dos seus piores momentos na crise financeira, o sonho americano de  que trabalhando duro se pode alcançar sucesso e estabilidade financeira estava em xeque, e o pior, este sonho, que é a força motriz daquele país, estava em total decadência e descrédito.
Em vez de desistir frente aos problemas de seu país, Obama surge com a famosa frase “Yes, we can”, conclamando o povo americano à ir a luta, pois juntos e sem discriminações entre as classes, religiões e cultura, seria possível. Era preciso provar que poderia haver uma parceria de sucesso entre a política e a população comum.
Ele mostrou que mesmo sendo negro, de descendência islâmica e humilde, poderia chegar lá, e estava lá, lutando para isso. Aqui ele mostrou o “Yes, I can” – sim, eu posso – ele não desistiu e indiretamente, através do exemplo motivou a todos, reacendeu o idealismo, renovou o senso de comunidade e propósito na população, realimentou na nação a fé no sonho americano.
Quando começou sua liderança em serviços comunitários, talvez ainda nem sonhasse em ser presidente, mas estava fazendo o que precisava ser feito, estava lutando.
Não existe mudança sem confiança. É preciso acreditar em você – “Yes, I Can” – e reacender a chama da vontade, da fé, da coragem e prosseguir, se preparar para vencer. Não necessariamente vencer uma eleição presidencial, mas vencer conseguindo a realização dos objetivos almejados.
Ainda é tempo de acreditar, de se preparar e ir a luta. Acredite e você verá que será possível, Yes, you can, i can, we can...

“A mudança não virá se esperarmos por outra pessoa ou outros tempos. Nós somos aqueles por quem estávamos esperando. Nós somos a mudança que procurávamos” – Barack Obama

sexta-feira, 18 de março de 2011

Em meio a tragédias nascem os heróis

Vendo as reportagens na TV sobre a tragédia no Japão, uma parte me chamou muito a atenção, o fato de técnicos e cientistas, se voluntariarem para o trabalho de contenção do vazamento nuclear na usina de Fukushima. Eles certamente sabem das conseqüências da exposição a radiação, mas não se preocuparam com eles mesmos, mas com os filhos, parentes, amigos, o povo japonês, e porque não dizer todos nós. Eles são anônimos para o mundo e até para a grande maioria em seu país. Já estão sendo chamados de “Os 50 de Fukushima”, número aproximado destes voluntários.
Fico pensando em alguns deles, que segundo sites de notícias, estavam prestes a se aposentar e ter um merecido descanso, e demonstram que estão com muita força, coragem e determinação na reta final de suas vidas para fazer o que é preciso ser feito.
Traçando novamente um paralelo com nossas vidas, quantas vezes estamos na ilha da nossa vida, fazendo nossos planos e no primeiro abalo vamos desistindo, desanimando e postergando fazer o que é preciso ser feito. A nossa vida é como a usina nuclear de Fukushima, nossos pensamentos são um núcleo com constante atividade, vivendo sobre uma pressão do mundo ao nosso redor, e o sistema de resfriamento são as alegrias e vitórias que vamos colecionando com o passar do tempo. Mas nem tudo é como gostaríamos, sofremos perdas, tristezas e derrotas. Alguns resistem, outros explodem em raiva, depressão, mas a vida continua e o nosso núcleo não para.
Esta na hora de você ser “O um da sua vida”, se voluntariar para lutar por você, pelo que você quer. É preciso ter fé, coragem e determinação de que você pode e é capaz. A vitória não é fácil, mas prefiro ter decepções lutando a sensação de ter deixado a vida passar em branco.
E aí, vai se voluntariar ou ficar assistindo?
“O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.” - Winston Churchill

quarta-feira, 16 de março de 2011

Tragédias

Estamos vendo nos noticiários cada dia mais tragédias que acontecem ao redor do mundo.
O que poderia ser pior do que um grande terremoto como o que aconteceu no Japão? Um grande terremoto seguido de um Tsunami avassalador. Mas foi ficando cada vez pior. O terremoto gerou um problema nas usinas nucleares causando o vazamento de radiação, parando a geração de energia elétrica por elas geradas, causando racionamento de energia, que ocasiona problemas na distribuição de água potável. Agora está nevando, a neve vai absorver a radiação que o vento estava levando embora e depositá-la no solo, contaminando animais, rios e o próprio solo, ou seja, nem o mais pessimista poderia imaginar um quadro de tragédias consecutivas em um só lugar.
Parei um pouco para traçar um paralelo entre estas tragédias e a vida de algumas pessoas. Todos conhecemos alguém que vive a reclamar de tudo, que todos os problemas recaem sobre si. Será que sofreram tanto quanto o povo japonês está sofrendo agora? O que mais me impressiona é que o povo japonês está assustado, mas está unido, com uma incrível disciplina de conduta, sem saques a supermercados, sem furar a fila gigantesca nos poucos postos que ainda tem combustível ou nas filas de ônibus em busca de um lugar seguro. Todos seguem as determinações do governo para juntos reconstruírem suas vidas e seu país.
Será que os problemas que você tem enfrentado são assim, um pior que o outro e simultaneamente, ou apenas está se fazendo de vitima da vida?
Agradeça por ter tido aonde dormir, sem estar sujeito as intempéries da natureza.
Agradeça por ao acordar, poder tomar um desjejum, enquanto tantos nem tem água para beber, ainda mais o que comer.
Agradeça por ter um acesso livre a informação, a Internet, enquanto tantos outros morrem lutando por ela.
Agradeça por ter a liberdade de escolher sua religião sem ser discriminando ou preso como em alguns países.
Agradeça por ter mais um dia de vida, e neste dia, faça valer cada minuto.
Pare de reclamar, transforme as “pequenas tragédias” em “grandes vitórias” e assim você verá que estará cada dia mais forte, mais confiante de que você é capaz, de que pode superar estes obstáculos.

“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer.”- Mahatma Gandhi

terça-feira, 15 de março de 2011

Medos...

Tudo que você faz com medo, não faz bem feito. Amar com medo é desconfiar, trabalhar com medo é deixar as portas abertas para o fracasso, em suma, viver com medo é morrer, é deixar de viver para sobreviver.
Ficamos com medo em momentos cruciais e acabamos perdendo o momento. Os noivos ficam tensos no casamento e não curtem a festa, um desempregado fica tenso em uma entrevista de emprego ou numa prova de seleção, acaba esquecendo as respostas e indo mal, justamente quando pensava estar melhor preparado. Ainda tem o medo imaginário, você está almoçando com alguém e não sabe o porquê da cara feia e fechada e fica se perguntando se foi algo que fez que o levou aquela pessoa agir assim. A insegurança nos faz sempre pensar que fizemos algo errado, que somos culpados.
Assim sendo, fugimos das situações, preferimos ficar a sós, pois a solidão é mais suportável do que ter que ver um relacionamento terminando. Acabamos nos escondemos atrás de falsos pensamentos como “Não estou a fim”. Um empresário com medo de um gerente competente diz “Não tenho dinheiro para contratá-lo”, e poderia listar inúmeras outras situações. Disfarçar esta insegurança é a pior maneira de deixar-se ser gerenciado pelo medo. Alguns ficam paralisados, assistindo a vida passar, outros buscam um hobby para se distrair e não pensar, uns se isolam e outros ficam irritadíssimos numa verdadeira TPM – tensão pós-medo, ou seria pré-medo?
Pare e pense um pouco, identificar nossos medos não é tarefa fácil, mas será que você não está disfarçando alguma insegurança/medo neste momento?
Nossos problemas têm que ser encarados como desafios e não impedimentos.
E aí, vai encarar os seus? Estou tentando encarar os meus...

“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito: um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para ... acreditar, fazer e principalmente viver.”
Dalai Lama

quinta-feira, 10 de março de 2011

Derrubando muros...

Aos que me conhecem, sabem que sou uma pessoa que aparenta ser alegre, conto algumas piadas, faço algumas brincadeiras (algumas vezes além da conta), mas dificilmente me viram expor meus reais sentimentos. Está é uma dificuldade que tenho, sei disso.
Lembro que no velório de minha mãe ninguém me viu chorar. Estava em pé frente ao esquife o tempo todo, fui guiando o carro até o cemitério, amparando os parentes, meu pai e minha irmã, mas por dentro era uma criança que chorava desesperadamente, pensando no que deixei de fazer e falar a minha mãe, mas nada mais podia fazer, enquanto por fora mantinha a aparência de uma fortaleza, inabalável.
Tento colocar aqui alguns dos meus medos, frustrações, sonhos, questionamentos e até o que penso serem algumas reflexões, mas é difícil transcrever sentimentos, sentimentos que às vezes não saberia explicar, muito menos entender.
Ah! Não tenha a pretensão de tentar me entender, isso me limitaria ao seu próprio universo, as suas razões e conceitos, atropelando a minha individualidade, essa singularidade que faz com que cada pessoa seja única.
Não aponte os meus defeitos, sem antes ter feito uma relação dos seus e tentado resolvê-los. Não se esconda atrás da crítica, sem antes ter tido a dignidade de saber o que se passa. Não fique imaginando o porquê, eu estou tentando descobrir o pra que.
Estou tentando derrubar muros, tirar a armadura que prende meus sentimentos...

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar...
Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.”
William Shakespeare

quinta-feira, 3 de março de 2011

Estamos com fome de amor – (Arnaldo Jabor)

Antes idiota que infeliz!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Valorização...

Falar de valores não é tão simples quanto pensei, afinal cada um de nós tem um ponto de vista sobre valores. Mas quero repartir uma coisa que acho a principal, a valorização pessoal.
 Aprendi que enquanto não nos dermos o devido valor, as outras pessoas não farão isso por nós. Temos que ser valorizados pelo que somos e não pelo que temos, e aqui não falo só de bens materiais, mas também do corpo. Quando nos damos o devido valor, passamos a reagir às pessoas que desejam apenas nos usar como se fossemos um passatempo e passamos a ir atrás do que realmente importa, a nossa felicidade, procurando alguém que nos valorize e que não importando a situação, vamos ter a certeza de que sempre vai estar ao nosso lado.
Existem pessoas que se assustam quando descobrem o quão bom é ser devidamente valorizado, pois o que até então o que pensavam ser algo bom, eram mimos em troca de algo, viram ser apenas uma ilusão. Pensaram ter vivido tempos felizes, mas descobriram que era apenas uma satisfação temporária, incompleta, afinal foi a única emoção experimentada. Não sabem lidar com esta nova emoção, sentem medo desta nova realidade que a faz se sentir tão bem. Não entendem como que em pouco tempo de convivência parecem ter se passado meses, e só de bons momentos.
Nossas escolhas, com o passar do tempo, passam a ser em função do conhecimento adquirido, do que observamos e percebemos. Dependem de como estamos com nós mesmos, de como gostamos e sentimos bem na nossa própria companhia. E quando conseguirmos esperar, administrar a ansiedade e aprender a confiar em nós mesmos, começaremos a descobrir o nosso real valor, o que realmente importa, vivendo as possibilidades e não as limitações, deixando de ser apenas mais uma passagem, mais um talvez... começaremos a descobrir que a busca pela felicidade começa em um lugar muito perto, em nós, na nossa valorização pessoal.
Valorize-se... você vai descobrir uma nova felicidade... a completa!

terça-feira, 1 de março de 2011

Aprendendo a esquecer...

Existem coisas na vida que são complicadas, uma delas é ESQUECER. O homem inventado remédios, métodos e outras coisas mais para incentivar a memória, afinal ter uma boa memória para alguns é um dom, enquanto outros travam uma luta diária tentando melhorar a sua.
Mas existem momentos em que precisamos esquecer, e esquecer não é fácil, principalmente quando se precisa esquecer algo que se julgava importante.
As vezes lembramos de algo ou alguém e isto causa em nós sofrimento. Talvez você agora se lembre de alguém que conheceu que foi muito importante e que hoje não sabe onde está, se está bem ou mal, talvez de um ente querido que já faleceu, de um animal de estimação, de um brinquedo de infância ou de qualquer outra coisa que para você foi especial.
O tempo nos faz pensar que esquecemos, mas garanto que agora você se lembrou de alguma situação que pensasse ter esquecido. Ninguém quer ficar preso ao passado, estagnado por amargas lembranças, feridas antigas ou brigas históricas.
Temos que ir em frente, temos que ir em busca dos nossos propósitos, dos nossos sonhos, mas como  esquecer?
Esqueça os seus erros, perdoe-se;Esqueça os erros dos outros, perdoe-os;
Não fique parado se lamentando e tentando esquecer, mantenha-se ocupado lutando, liste as coisas que gostaria de fazer e ainda não fez, vá e faça. Não prefira a ignorância, prefira a verdade, não busque um alimento para suas inseguranças e fraquezas, busque pequenos desafios sem perceber descobrirá que os grandes desafios foram vencidos e o tempo que você ia passar tentando esquecer se tornará em tempo de conquistas, de alegrias e vitórias.
Cada dia é uma nova oportunidade para ser feliz, o que você vai fazer do dia de hoje?

Mudanças...

Este ano comecei fazendo inúmeras promessas, como você que agora lê este texto também fez e talvez como eu já tenha fracassado, esquecido ou desistido de mais da metade delas.
Desejei mudanças, senti que é o momento, que preciso delas para poder viver por pelo menos mais 40 anos.
Mas existem momentos em que não adianta só desejar é preciso agir, e isso não é fácil, ainda mais se nossas ações envolvem sentimentos, sentimentos que nasceram, cresceram e em alguns casos morreram, em outros  simplesmente adormeceram e quem sabe um dia acordarão para nos lembrar que só ficaram esperando o momento certo de reaparecer.
Porque será que todos os anos começamos assim, querendo mudar?
Eu penso que é porque temos a necessidade de amanhã, sermos e nos sentirmos melhores do que fomos ontem. E para isso temos que mudar, mudar o que ou o quanto comemos, mudar o cabelo, mudar o estilo, mudar de cidade, mudar de emprego e quantas outras mudanças poderiam ser aqui listadas.
Eu, felizmente já consegui algumas mudanças, entre elas a de conseguir sair dos três dígitos na balança, isso me aterrorizava. Ainda mais depois de ter passado um susto neste ano, fui parar no hospital, lugar que só vou quando realmente sei que não terei como evitar. Tive uma crise de stress, junto com uma cefaléia em salvas (uma dor de cabeça muito forte, os olhos ficam vermelhos como se estivessem sangrando e desejando pular para fora), junto com isso dores no peito, contrações involuntárias das pálpebras, músculos do braço e o meu dedinho, este parecia que estava com mal de Parkinson.
É, as vezes só mudamos por que passamos por sustos, ou será que eles acontecem como uma resposta automática do nosso corpo exigindo que as mudanças realmente aconteçam? Será que temos que sofrer decepções para tomar coragem para mudar? Não!
Sei que é preciso continuar o meu processo de mudanças, de arrumar a vida, e agir não é tão fácil quanto escrever um texto como este, afinal tudo o que aqui eu digitar será aceito, mas a vida não aceita tudo tão fácil assim. Não posso simplesmente voltar atrás na minha vida usando o Backspace do teclado, ou apagar o que não quero mais teclando Del ou fazer correções no que passou como quando peço ao Word para verificar a ortografia deste texto. A vida se mostra como uma antiga máquina de escrever, em que a cada novo dia colocamos uma folha em branco, e se erro e tento corrigir vou deixar marcas, as vezes pequenas, outras grandes, mas também não dá para simplesmente amassar, jogar fora e começar tudo de novo.
Amanhã, eu e você vamos receber uma folha em branco para escrevermos o nosso dia. O que será que vamos escrever? Que conseguimos mudar? Que cometemos alguns dos erros de ontem e deixamos marcas tentando corrigir ou ficar parado e deixar a folha em branco, vendo o tempo passar?
Não quero uma folha em branco, quero uma folha que mostre que tentei, cheia de marcas, e quem sabe um dia escreverei uma sem erros.

PERTO DOS 40... e agora?

Dizem que a vida começa aos 40...
Tenho outra opinião, é aos 40 que paramos para analisar o que se passou em nossa vida... e aí, decidimos o que queremos para o que nos resta dela...
Alguns aos 40 já se casaram uma, duas, três vezes ou mais, outros ainda vivem procurando alguém e ainda tem os que só desejam curtir... estes se assemelham a jovens, que em sua “grande sabedoria”, curtem, sem se valorizar, só pelo prazer, sem saber o que o futuro reserva, podendo se surpreender com as incríveis viradas que a vida reserva...
Eu queria poder ter 18 e pensar como hoje, teria feito muita coisa diferente, outras teria repetido da mesma forma... Eu queria ter tido alguém do lado pra me dizer o que fazer, pelo simples fato de querer o meu bem, e em estando bem a pessoa se sentir bem por ter repartido um pouco da vida e talvez compensar suas próprias frustrações...
Mas hoje estou perto dos 40...
Já tive varias sensações: a de ter muitos amigos, mas amigos de verdade, de poder ligar e conversar sobre tudo, a qualquer hora... a de ter muitos que se diziam amigos, mas na primeira necessidade de tê-los ao lado, descobre-se que eram apenas mais um... a de confiar e ser traído... a de amar sem ser correspondido...  a de pensar ter tudo, e descobrir que ter tudo é quando nada se tem, mas ter com quem poder contar...  a de ter um filho e compreender o amor, amor de Pai, amor de Deus... a de perder alguém que sem ele nem aqui estaria... a de pensar ter encontrado alguém especial, e o tempo mostrar que especial é alguém que ainda nem conheci... ou conheci e não dei o devido valor.
Ainda existem sensações a serem sentidas: a adrenalina de um salto de pára-quedas...  a de fazer a viagem dos sonhos...  a de se conseguir algo que sempre se desejou... a de ver um filho se formando, casando e quem sabe, ver os netos...
Será que é hora de perguntar a alguém de 60, 70 ou até 80 o que fazer, ou simplesmente aprender com os meus erros e acertos, dando mais tempo ao tempo que nunca volta atrás?