terça-feira, 29 de março de 2011

Reconstrução...

Creio que todos viram na semana passada uma foto na internet mostrando a reconstrução de um trecho de 150 metros de uma estrada no Japão que fora quase que totalmente destruída pelo grande terremoto ocorrido por lá.
É incrível ver que nem parece que ali haviam desmoronamentos, haviam rachaduras, o alicerce cedido, entre outros problemas, e que hoje está sendo utilizada normalmente.
 
É uma pena ver que no Brasil as coisas não são bem assim, tem que se fazer um estudo do que vai ser pedido, depois uma licitação, até que, alguns meses depois, se consiga iniciar a obra, que em sua grande maioria é feita com total descaso, sem prioridade, e procurando problemas para adiar e conseguir mais dinheiro.
Infelizmente, as vezes, fazemos o mesmo nas  nossas vidas. Sofremos grandes abalos, quando menos esperamos, um tsunami de problemas seguido muitas vezes de coisas que podemos nem ver, lá foi a radiação, aqui talvez sejam são as influências, os hábitos, ou outro motivo que não percebemos.
Tentamos fazer os consertos em nossas vidas tal qual o Brasil, demoramos a reagir, inventamos desculpas e postergamos as mudanças necessárias. E quando fazemos, sempre tentamos dar um jeito de fazer sem planejamento, procurando desculpas para não fazer.
Muitas vezes, estes consertos exigem coisas difíceis de se praticar: perdão, compreensão, coragem, humildade, entre outros.
Compreender que alguém agiu de uma maneira que te prejudicou, simplesmente porque estava na frente do tsunami da vida dela não é fácil.  Perdoar esta pessoa também não significa necessariamente voltar a ser como era antes, o mais provável é que não tenha sido nada pessoal em relação a você, então o melhor é perdoar, esquecer e seguir em frente.
Precisamos ter a coragem de rever nossos conceitos, ser humildes para reconhecer nossos erros, inteligentes para escutar gente inteligente e fazer o que tem que ser feito. A atitude de assumir nossos erros destrói os inimigos e aliada a humildade acaba com brigas inúteis.
Nossa vida é uma estrada, cheio de caminhos sinuosos, de altos e baixos, e que precisa de reparos em seu percurso. Alguns reparos são pequenos, outros são grandes e exigem muito esforço e vão deixar suas marcas.
Mas o que você vai fazer da estrada da sua vida?  Arrumar e permitir que outros passem por ela, nos ajudando e ensinando, ou deixá-la esburacada, desmoronada, impedindo outros passarem e ficarmos parados, vendo passarem em outra estrada?

“Não posso destruir o passado, mas posso decidir o que construir no presente para não ter que reconstruir no futuro”. – Eu

terça-feira, 22 de março de 2011

Yes, YOU can...

Aproveitando a evidência da mídia sobre o presidente Barack Obama nesta ultima semana, devido sua visita no Brasil, gostaria de usar a célere frase de sua campanha política ao governo dos Estados Unidos para uma pequena reflexão.
Ele foi candidato a presidente dos Estados Unidos quando o país se viu em um dos seus piores momentos na crise financeira, o sonho americano de  que trabalhando duro se pode alcançar sucesso e estabilidade financeira estava em xeque, e o pior, este sonho, que é a força motriz daquele país, estava em total decadência e descrédito.
Em vez de desistir frente aos problemas de seu país, Obama surge com a famosa frase “Yes, we can”, conclamando o povo americano à ir a luta, pois juntos e sem discriminações entre as classes, religiões e cultura, seria possível. Era preciso provar que poderia haver uma parceria de sucesso entre a política e a população comum.
Ele mostrou que mesmo sendo negro, de descendência islâmica e humilde, poderia chegar lá, e estava lá, lutando para isso. Aqui ele mostrou o “Yes, I can” – sim, eu posso – ele não desistiu e indiretamente, através do exemplo motivou a todos, reacendeu o idealismo, renovou o senso de comunidade e propósito na população, realimentou na nação a fé no sonho americano.
Quando começou sua liderança em serviços comunitários, talvez ainda nem sonhasse em ser presidente, mas estava fazendo o que precisava ser feito, estava lutando.
Não existe mudança sem confiança. É preciso acreditar em você – “Yes, I Can” – e reacender a chama da vontade, da fé, da coragem e prosseguir, se preparar para vencer. Não necessariamente vencer uma eleição presidencial, mas vencer conseguindo a realização dos objetivos almejados.
Ainda é tempo de acreditar, de se preparar e ir a luta. Acredite e você verá que será possível, Yes, you can, i can, we can...

“A mudança não virá se esperarmos por outra pessoa ou outros tempos. Nós somos aqueles por quem estávamos esperando. Nós somos a mudança que procurávamos” – Barack Obama

sexta-feira, 18 de março de 2011

Em meio a tragédias nascem os heróis

Vendo as reportagens na TV sobre a tragédia no Japão, uma parte me chamou muito a atenção, o fato de técnicos e cientistas, se voluntariarem para o trabalho de contenção do vazamento nuclear na usina de Fukushima. Eles certamente sabem das conseqüências da exposição a radiação, mas não se preocuparam com eles mesmos, mas com os filhos, parentes, amigos, o povo japonês, e porque não dizer todos nós. Eles são anônimos para o mundo e até para a grande maioria em seu país. Já estão sendo chamados de “Os 50 de Fukushima”, número aproximado destes voluntários.
Fico pensando em alguns deles, que segundo sites de notícias, estavam prestes a se aposentar e ter um merecido descanso, e demonstram que estão com muita força, coragem e determinação na reta final de suas vidas para fazer o que é preciso ser feito.
Traçando novamente um paralelo com nossas vidas, quantas vezes estamos na ilha da nossa vida, fazendo nossos planos e no primeiro abalo vamos desistindo, desanimando e postergando fazer o que é preciso ser feito. A nossa vida é como a usina nuclear de Fukushima, nossos pensamentos são um núcleo com constante atividade, vivendo sobre uma pressão do mundo ao nosso redor, e o sistema de resfriamento são as alegrias e vitórias que vamos colecionando com o passar do tempo. Mas nem tudo é como gostaríamos, sofremos perdas, tristezas e derrotas. Alguns resistem, outros explodem em raiva, depressão, mas a vida continua e o nosso núcleo não para.
Esta na hora de você ser “O um da sua vida”, se voluntariar para lutar por você, pelo que você quer. É preciso ter fé, coragem e determinação de que você pode e é capaz. A vitória não é fácil, mas prefiro ter decepções lutando a sensação de ter deixado a vida passar em branco.
E aí, vai se voluntariar ou ficar assistindo?
“O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.” - Winston Churchill

quarta-feira, 16 de março de 2011

Tragédias

Estamos vendo nos noticiários cada dia mais tragédias que acontecem ao redor do mundo.
O que poderia ser pior do que um grande terremoto como o que aconteceu no Japão? Um grande terremoto seguido de um Tsunami avassalador. Mas foi ficando cada vez pior. O terremoto gerou um problema nas usinas nucleares causando o vazamento de radiação, parando a geração de energia elétrica por elas geradas, causando racionamento de energia, que ocasiona problemas na distribuição de água potável. Agora está nevando, a neve vai absorver a radiação que o vento estava levando embora e depositá-la no solo, contaminando animais, rios e o próprio solo, ou seja, nem o mais pessimista poderia imaginar um quadro de tragédias consecutivas em um só lugar.
Parei um pouco para traçar um paralelo entre estas tragédias e a vida de algumas pessoas. Todos conhecemos alguém que vive a reclamar de tudo, que todos os problemas recaem sobre si. Será que sofreram tanto quanto o povo japonês está sofrendo agora? O que mais me impressiona é que o povo japonês está assustado, mas está unido, com uma incrível disciplina de conduta, sem saques a supermercados, sem furar a fila gigantesca nos poucos postos que ainda tem combustível ou nas filas de ônibus em busca de um lugar seguro. Todos seguem as determinações do governo para juntos reconstruírem suas vidas e seu país.
Será que os problemas que você tem enfrentado são assim, um pior que o outro e simultaneamente, ou apenas está se fazendo de vitima da vida?
Agradeça por ter tido aonde dormir, sem estar sujeito as intempéries da natureza.
Agradeça por ao acordar, poder tomar um desjejum, enquanto tantos nem tem água para beber, ainda mais o que comer.
Agradeça por ter um acesso livre a informação, a Internet, enquanto tantos outros morrem lutando por ela.
Agradeça por ter a liberdade de escolher sua religião sem ser discriminando ou preso como em alguns países.
Agradeça por ter mais um dia de vida, e neste dia, faça valer cada minuto.
Pare de reclamar, transforme as “pequenas tragédias” em “grandes vitórias” e assim você verá que estará cada dia mais forte, mais confiante de que você é capaz, de que pode superar estes obstáculos.

“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer.”- Mahatma Gandhi

terça-feira, 15 de março de 2011

Medos...

Tudo que você faz com medo, não faz bem feito. Amar com medo é desconfiar, trabalhar com medo é deixar as portas abertas para o fracasso, em suma, viver com medo é morrer, é deixar de viver para sobreviver.
Ficamos com medo em momentos cruciais e acabamos perdendo o momento. Os noivos ficam tensos no casamento e não curtem a festa, um desempregado fica tenso em uma entrevista de emprego ou numa prova de seleção, acaba esquecendo as respostas e indo mal, justamente quando pensava estar melhor preparado. Ainda tem o medo imaginário, você está almoçando com alguém e não sabe o porquê da cara feia e fechada e fica se perguntando se foi algo que fez que o levou aquela pessoa agir assim. A insegurança nos faz sempre pensar que fizemos algo errado, que somos culpados.
Assim sendo, fugimos das situações, preferimos ficar a sós, pois a solidão é mais suportável do que ter que ver um relacionamento terminando. Acabamos nos escondemos atrás de falsos pensamentos como “Não estou a fim”. Um empresário com medo de um gerente competente diz “Não tenho dinheiro para contratá-lo”, e poderia listar inúmeras outras situações. Disfarçar esta insegurança é a pior maneira de deixar-se ser gerenciado pelo medo. Alguns ficam paralisados, assistindo a vida passar, outros buscam um hobby para se distrair e não pensar, uns se isolam e outros ficam irritadíssimos numa verdadeira TPM – tensão pós-medo, ou seria pré-medo?
Pare e pense um pouco, identificar nossos medos não é tarefa fácil, mas será que você não está disfarçando alguma insegurança/medo neste momento?
Nossos problemas têm que ser encarados como desafios e não impedimentos.
E aí, vai encarar os seus? Estou tentando encarar os meus...

“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito: um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para ... acreditar, fazer e principalmente viver.”
Dalai Lama

quinta-feira, 10 de março de 2011

Derrubando muros...

Aos que me conhecem, sabem que sou uma pessoa que aparenta ser alegre, conto algumas piadas, faço algumas brincadeiras (algumas vezes além da conta), mas dificilmente me viram expor meus reais sentimentos. Está é uma dificuldade que tenho, sei disso.
Lembro que no velório de minha mãe ninguém me viu chorar. Estava em pé frente ao esquife o tempo todo, fui guiando o carro até o cemitério, amparando os parentes, meu pai e minha irmã, mas por dentro era uma criança que chorava desesperadamente, pensando no que deixei de fazer e falar a minha mãe, mas nada mais podia fazer, enquanto por fora mantinha a aparência de uma fortaleza, inabalável.
Tento colocar aqui alguns dos meus medos, frustrações, sonhos, questionamentos e até o que penso serem algumas reflexões, mas é difícil transcrever sentimentos, sentimentos que às vezes não saberia explicar, muito menos entender.
Ah! Não tenha a pretensão de tentar me entender, isso me limitaria ao seu próprio universo, as suas razões e conceitos, atropelando a minha individualidade, essa singularidade que faz com que cada pessoa seja única.
Não aponte os meus defeitos, sem antes ter feito uma relação dos seus e tentado resolvê-los. Não se esconda atrás da crítica, sem antes ter tido a dignidade de saber o que se passa. Não fique imaginando o porquê, eu estou tentando descobrir o pra que.
Estou tentando derrubar muros, tirar a armadura que prende meus sentimentos...

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar...
Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.”
William Shakespeare

quinta-feira, 3 de março de 2011

Estamos com fome de amor – (Arnaldo Jabor)

Antes idiota que infeliz!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Valorização...

Falar de valores não é tão simples quanto pensei, afinal cada um de nós tem um ponto de vista sobre valores. Mas quero repartir uma coisa que acho a principal, a valorização pessoal.
 Aprendi que enquanto não nos dermos o devido valor, as outras pessoas não farão isso por nós. Temos que ser valorizados pelo que somos e não pelo que temos, e aqui não falo só de bens materiais, mas também do corpo. Quando nos damos o devido valor, passamos a reagir às pessoas que desejam apenas nos usar como se fossemos um passatempo e passamos a ir atrás do que realmente importa, a nossa felicidade, procurando alguém que nos valorize e que não importando a situação, vamos ter a certeza de que sempre vai estar ao nosso lado.
Existem pessoas que se assustam quando descobrem o quão bom é ser devidamente valorizado, pois o que até então o que pensavam ser algo bom, eram mimos em troca de algo, viram ser apenas uma ilusão. Pensaram ter vivido tempos felizes, mas descobriram que era apenas uma satisfação temporária, incompleta, afinal foi a única emoção experimentada. Não sabem lidar com esta nova emoção, sentem medo desta nova realidade que a faz se sentir tão bem. Não entendem como que em pouco tempo de convivência parecem ter se passado meses, e só de bons momentos.
Nossas escolhas, com o passar do tempo, passam a ser em função do conhecimento adquirido, do que observamos e percebemos. Dependem de como estamos com nós mesmos, de como gostamos e sentimos bem na nossa própria companhia. E quando conseguirmos esperar, administrar a ansiedade e aprender a confiar em nós mesmos, começaremos a descobrir o nosso real valor, o que realmente importa, vivendo as possibilidades e não as limitações, deixando de ser apenas mais uma passagem, mais um talvez... começaremos a descobrir que a busca pela felicidade começa em um lugar muito perto, em nós, na nossa valorização pessoal.
Valorize-se... você vai descobrir uma nova felicidade... a completa!

terça-feira, 1 de março de 2011

Aprendendo a esquecer...

Existem coisas na vida que são complicadas, uma delas é ESQUECER. O homem inventado remédios, métodos e outras coisas mais para incentivar a memória, afinal ter uma boa memória para alguns é um dom, enquanto outros travam uma luta diária tentando melhorar a sua.
Mas existem momentos em que precisamos esquecer, e esquecer não é fácil, principalmente quando se precisa esquecer algo que se julgava importante.
As vezes lembramos de algo ou alguém e isto causa em nós sofrimento. Talvez você agora se lembre de alguém que conheceu que foi muito importante e que hoje não sabe onde está, se está bem ou mal, talvez de um ente querido que já faleceu, de um animal de estimação, de um brinquedo de infância ou de qualquer outra coisa que para você foi especial.
O tempo nos faz pensar que esquecemos, mas garanto que agora você se lembrou de alguma situação que pensasse ter esquecido. Ninguém quer ficar preso ao passado, estagnado por amargas lembranças, feridas antigas ou brigas históricas.
Temos que ir em frente, temos que ir em busca dos nossos propósitos, dos nossos sonhos, mas como  esquecer?
Esqueça os seus erros, perdoe-se;Esqueça os erros dos outros, perdoe-os;
Não fique parado se lamentando e tentando esquecer, mantenha-se ocupado lutando, liste as coisas que gostaria de fazer e ainda não fez, vá e faça. Não prefira a ignorância, prefira a verdade, não busque um alimento para suas inseguranças e fraquezas, busque pequenos desafios sem perceber descobrirá que os grandes desafios foram vencidos e o tempo que você ia passar tentando esquecer se tornará em tempo de conquistas, de alegrias e vitórias.
Cada dia é uma nova oportunidade para ser feliz, o que você vai fazer do dia de hoje?

Mudanças...

Este ano comecei fazendo inúmeras promessas, como você que agora lê este texto também fez e talvez como eu já tenha fracassado, esquecido ou desistido de mais da metade delas.
Desejei mudanças, senti que é o momento, que preciso delas para poder viver por pelo menos mais 40 anos.
Mas existem momentos em que não adianta só desejar é preciso agir, e isso não é fácil, ainda mais se nossas ações envolvem sentimentos, sentimentos que nasceram, cresceram e em alguns casos morreram, em outros  simplesmente adormeceram e quem sabe um dia acordarão para nos lembrar que só ficaram esperando o momento certo de reaparecer.
Porque será que todos os anos começamos assim, querendo mudar?
Eu penso que é porque temos a necessidade de amanhã, sermos e nos sentirmos melhores do que fomos ontem. E para isso temos que mudar, mudar o que ou o quanto comemos, mudar o cabelo, mudar o estilo, mudar de cidade, mudar de emprego e quantas outras mudanças poderiam ser aqui listadas.
Eu, felizmente já consegui algumas mudanças, entre elas a de conseguir sair dos três dígitos na balança, isso me aterrorizava. Ainda mais depois de ter passado um susto neste ano, fui parar no hospital, lugar que só vou quando realmente sei que não terei como evitar. Tive uma crise de stress, junto com uma cefaléia em salvas (uma dor de cabeça muito forte, os olhos ficam vermelhos como se estivessem sangrando e desejando pular para fora), junto com isso dores no peito, contrações involuntárias das pálpebras, músculos do braço e o meu dedinho, este parecia que estava com mal de Parkinson.
É, as vezes só mudamos por que passamos por sustos, ou será que eles acontecem como uma resposta automática do nosso corpo exigindo que as mudanças realmente aconteçam? Será que temos que sofrer decepções para tomar coragem para mudar? Não!
Sei que é preciso continuar o meu processo de mudanças, de arrumar a vida, e agir não é tão fácil quanto escrever um texto como este, afinal tudo o que aqui eu digitar será aceito, mas a vida não aceita tudo tão fácil assim. Não posso simplesmente voltar atrás na minha vida usando o Backspace do teclado, ou apagar o que não quero mais teclando Del ou fazer correções no que passou como quando peço ao Word para verificar a ortografia deste texto. A vida se mostra como uma antiga máquina de escrever, em que a cada novo dia colocamos uma folha em branco, e se erro e tento corrigir vou deixar marcas, as vezes pequenas, outras grandes, mas também não dá para simplesmente amassar, jogar fora e começar tudo de novo.
Amanhã, eu e você vamos receber uma folha em branco para escrevermos o nosso dia. O que será que vamos escrever? Que conseguimos mudar? Que cometemos alguns dos erros de ontem e deixamos marcas tentando corrigir ou ficar parado e deixar a folha em branco, vendo o tempo passar?
Não quero uma folha em branco, quero uma folha que mostre que tentei, cheia de marcas, e quem sabe um dia escreverei uma sem erros.

PERTO DOS 40... e agora?

Dizem que a vida começa aos 40...
Tenho outra opinião, é aos 40 que paramos para analisar o que se passou em nossa vida... e aí, decidimos o que queremos para o que nos resta dela...
Alguns aos 40 já se casaram uma, duas, três vezes ou mais, outros ainda vivem procurando alguém e ainda tem os que só desejam curtir... estes se assemelham a jovens, que em sua “grande sabedoria”, curtem, sem se valorizar, só pelo prazer, sem saber o que o futuro reserva, podendo se surpreender com as incríveis viradas que a vida reserva...
Eu queria poder ter 18 e pensar como hoje, teria feito muita coisa diferente, outras teria repetido da mesma forma... Eu queria ter tido alguém do lado pra me dizer o que fazer, pelo simples fato de querer o meu bem, e em estando bem a pessoa se sentir bem por ter repartido um pouco da vida e talvez compensar suas próprias frustrações...
Mas hoje estou perto dos 40...
Já tive varias sensações: a de ter muitos amigos, mas amigos de verdade, de poder ligar e conversar sobre tudo, a qualquer hora... a de ter muitos que se diziam amigos, mas na primeira necessidade de tê-los ao lado, descobre-se que eram apenas mais um... a de confiar e ser traído... a de amar sem ser correspondido...  a de pensar ter tudo, e descobrir que ter tudo é quando nada se tem, mas ter com quem poder contar...  a de ter um filho e compreender o amor, amor de Pai, amor de Deus... a de perder alguém que sem ele nem aqui estaria... a de pensar ter encontrado alguém especial, e o tempo mostrar que especial é alguém que ainda nem conheci... ou conheci e não dei o devido valor.
Ainda existem sensações a serem sentidas: a adrenalina de um salto de pára-quedas...  a de fazer a viagem dos sonhos...  a de se conseguir algo que sempre se desejou... a de ver um filho se formando, casando e quem sabe, ver os netos...
Será que é hora de perguntar a alguém de 60, 70 ou até 80 o que fazer, ou simplesmente aprender com os meus erros e acertos, dando mais tempo ao tempo que nunca volta atrás?