Creio que todos viram na semana passada uma foto na internet mostrando a reconstrução de um trecho de 150 metros de uma estrada no Japão que fora quase que totalmente destruída pelo grande terremoto ocorrido por lá.
É incrível ver que nem parece que ali haviam desmoronamentos, haviam rachaduras, o alicerce cedido, entre outros problemas, e que hoje está sendo utilizada normalmente.
É uma pena ver que no Brasil as coisas não são bem assim, tem que se fazer um estudo do que vai ser pedido, depois uma licitação, até que, alguns meses depois, se consiga iniciar a obra, que em sua grande maioria é feita com total descaso, sem prioridade, e procurando problemas para adiar e conseguir mais dinheiro.
Infelizmente, as vezes, fazemos o mesmo nas nossas vidas. Sofremos grandes abalos, quando menos esperamos, um tsunami de problemas seguido muitas vezes de coisas que podemos nem ver, lá foi a radiação, aqui talvez sejam são as influências, os hábitos, ou outro motivo que não percebemos.
Tentamos fazer os consertos em nossas vidas tal qual o Brasil, demoramos a reagir, inventamos desculpas e postergamos as mudanças necessárias. E quando fazemos, sempre tentamos dar um jeito de fazer sem planejamento, procurando desculpas para não fazer.
Muitas vezes, estes consertos exigem coisas difíceis de se praticar: perdão, compreensão, coragem, humildade, entre outros.
Compreender que alguém agiu de uma maneira que te prejudicou, simplesmente porque estava na frente do tsunami da vida dela não é fácil. Perdoar esta pessoa também não significa necessariamente voltar a ser como era antes, o mais provável é que não tenha sido nada pessoal em relação a você, então o melhor é perdoar, esquecer e seguir em frente.
Precisamos ter a coragem de rever nossos conceitos, ser humildes para reconhecer nossos erros, inteligentes para escutar gente inteligente e fazer o que tem que ser feito. A atitude de assumir nossos erros destrói os inimigos e aliada a humildade acaba com brigas inúteis.
Nossa vida é uma estrada, cheio de caminhos sinuosos, de altos e baixos, e que precisa de reparos em seu percurso. Alguns reparos são pequenos, outros são grandes e exigem muito esforço e vão deixar suas marcas.
Mas o que você vai fazer da estrada da sua vida? Arrumar e permitir que outros passem por ela, nos ajudando e ensinando, ou deixá-la esburacada, desmoronada, impedindo outros passarem e ficarmos parados, vendo passarem em outra estrada?
“Não posso destruir o passado, mas posso decidir o que construir no presente para não ter que reconstruir no futuro”. – Eu