domingo, 11 de setembro de 2011

O Sol...

Hoje, vendo um dos espetáculos que a vida nos proporciona, e de graça, me surgiu a idéia de escrever este pequeno texto, afinal, hoje início mais um capítulo da história da minha vida...
Há quanto tempo você não para e vislumbra um pôr-do-sol por alguns instantes? Ele ocorre todo dia, inspira poetas, pintores, namorados e sonhadores. Mas temos algumas lições interessantes a tirar daí:
1.       Todo dia é uma nova história a ser escrita, o sol nasce todo dia, mesmo sabendo que ao final dele terá que se esconder novamente;
2.       Se ninguém se lembrar de você, para alguns, a sua posição determina o que eles têm a fazer – no caso do sol para alguns ele indica as horas;
3.       Enquanto estiver vivo, brilhe o quanto puder, e deixe seu brilho iluminar e aquecer os demais;
4.       Quando estiver em baixo, quase sumindo, não se desespere, amanhã poderá estar no mais alto de novo;
5.       Se estiver escondido, mas alguém está refletindo sua luz, é porque você fez o seu papel, ensinou e deixou que alguém leve um pouco de seu brilho.
E creio que você deva ter algumas outras a tirar deste lindo fato da natureza.
Mas porque menciono estas lições? É porque chegou a minha hora de ser o pôr-do-sol. Depois de um dia marcado na historia mundial, 11 de setembro, deixo esta data na minha vida como um nascer de um novo dia. Estou em Fortaleza, iniciando um novo capítulo da história da minha vida, amanhã começo um treinamento, e depois volto a São Paulo e fico por lá, perto da família.
Mas na última sexta-feira, dia 9, me despedí de amigos - sim, podemos ter amigos no trabalho. Senti o carinho deles quando passei me despedindo, dando um até logo e recebendo abraços, vendo emoções. Senti que enquanto ali estive, pude ajudar, com meu trabalho resolvendo problemas na empresa, com alguma experiência evitando uma decepção inevitável que aconteceria a alguém, ou com um ombro para que alguém pudesse chorar, um ouvido para simplesmente escutar e depois sem falar nada, dar um abraço reconfortante, assim como em alguns momentos era eu que precisava deles. Tudo isso me fez sentir que fui útil, não só a empresa, mas a pessoas, assim como elas foram para mim. Recebi vários presentes, emails, abraços e até uma reconfortante frase de reconhecimento: “Se precisar, pode voltar, as portar estão abertas a você e sempre se arruma uma vaga para os competentes!”. São esses pequenos gestos que me dão forças para acordar amanhã, ser de novo sol e enquanto não estiver no alto, brilhando, deixo a vocês a lua a refletir minha luz, uma lua chamada saudades.
"Não fique triste quando ninguém notar o que fez de bom.Afinal...O sol faz um enorme espetáculo ao nascer,e mesmo assim, a maioria de nós continua dormindo!"
Charles Chaplin
Ah, abaixo as imagens que me inspiraram este texto... imagens daqui de Fortaleza, dia 11/9/2011...



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Decisões, plantando as sementes

Pequena palavra que nos traz grandes dificuldades. Como é difícil tomar uma decisão! E quantas vezes protelamos, tentamos achar alternativas, qualquer coisa para não ter que tomar uma decisão. Não posso dizer que me orgulho de todas as decisões que já tomei, mas posso dizer que não me arrependo. As erradas serviram para meu aprendizado, que em algumas vezes foi dolorido, mas necessário para o crescimento.
Novamente tiver que tomar uma grande decisão, tive que decidir entre continuar na empresa que trabalho ou sair, decidi sair. Em outubro próximo completariam-se 5 anos que viajo toda semana entre São Paulo e Brasília, onde trabalho em um cliente da empresa (que fica em SP). Estava com 20 dias trabalhando nessa empresa e me pediram para “quebrar um galho”, que iria ser de no máximo 3 meses. O galho cresceu, virou árvore, virou bosque, e hoje já está quase uma floresta.
Foram muitas aventuras em vôos, ví gente surtando e tentando abrir a saída de emergência em pleno vôo, ví o carrinho do serviço de bordo sair rolando pelo corredor, enfrentei turbulências com a queda das mascaras, ví  artistas, políticos, quase celebridades de reality shows, já peguei vôo para uma cidade e parei em outra, encontrei amigos de quando cursei a primeira faculdade lá em 1993, ví  outros que faziam o mesmo percurso que eu toda semana... enfim muitas experiências aéreas.
Passado todo esse tempo, ví que se não tomasse uma decisão mais drástica, após algumas tentativas frustradas de retornar a SP, iria ficar assim por mais 5 anos. Decidi que ver um filho crescer e ser reconhecido por ele é mais importante que tudo. Acompanhar o seu dia a dia, receber um abraço de bom dia todos os dias, saber que ele está mais feliz e seguro por saber que durmo no quarto ao lado, compensa tudo. Existem valores que por melhor intenção que se tenha, o tempo e dinheiro jamais compensarão. O tempo passado é cruel, não retornará jamais a existir, junto com as oportunidades perdidas.
Enfim, decidi voltar, pedir demissão, abrindo mão de meus direitos trabalhistas e retornar, recomeçar.
Afinal a vida que temos é fruto de nossas decisões e creio que a melhor analogia (sempre tenho que achar uma) é a de uma plantação. Cada decisão tomada é uma sementinha que plantamos sobre o que somos (ou seremos), e um dia, nossa realização será recolher desta plantação bons frutos... ou talvez deixar sementes para serem colhidas por outra geração. Sempre será tempo de lançar as sementes, concomitantemente com o tempo da colheita. As sementes de ontem são os frutos de hoje, as de hoje serão os frutos de amanhã. Cuidados com outros semeadores que tentam jogar sementes de ervas daninhas em sua plantação. Não desanime, ainda que sua colheita não esteja cheia de bons frutos, eles virão, pois “debaixo do céu há um tempo para cada coisa”. Não coloque um ponto final nas suas esperanças, ainda há muito para semear. Ao invés de ficar parado, pensando no que poderia ter feito ou fez de errado, vá em frente, semeie para colher, TOME DECISÕES, eu estou tomando as minhas.
“Toda decisão acertada é proveniente de experiência. E toda experiência é proveniente de uma decisão não acertada.” - Albert Einstein